sexta-feira, 2 de junho de 2017

ANGLICANISMO E SUA HISTÓRIA. Fase Celta (Séculos I ao VII)



Não houve nenhum esforço missionário formal, nem das Igrejas do Oriente, nem das Igrejas do Ocidente, para evangelizar as Ilhas Britânicas. Ela foi o resultado do esforço dos leigos. Soldados, funcionários civis e comerciantes cristãos romanos levaram o Evangelho aqueles ilhas. Também, no ano 70 d.C., dentre os escravos perseguidos nas Gálias(França) que fugiram para o litoral inglês, estavam grupos de  cristãos. Uma tadição atribui a presença de José de Arimateia, no primeiro século. Há sítios arqueológico desse período, como uma Capela em Kent, uma Igreja em Silchester e a presença, em vários lugares de símbolos cristãos, como o XP. Tertuliano afirma a existência da comunidade cristã Britânica no ano 200. Três bispos ingleses estiveram presentes ao Concília de Arles, no sul da França, em 314. Não se sabe se estivera no Concílio de Niceia(325), mas Atanásio informa que a Igreja inglesa se submeteu às sua deliberações.

A realidade é que o povo Celta se converteu ao Cristianismo, e teve o s eu primeiro mártir na pessoa de Santo Albano, sacerdote morto durante a perseguição do imperador Diocleciano (305). A Irlanda foi marcada pelo ministério de Patrício e Paládio, a Escócia pelo ministério de Ninian e Columba, e Gales pelo ministério  de Davi.

A Igreja Celta tinha um forte acento místico e missionário, sendo influenciado pela contemplação da Igreja Oriental, inclusive pela adoração da sua versão do Credo. Essa contemplação litúrgica, esse sentir da fé, essa valorização da natureza, diferenciava da versão juídica, filosófica e institucional da Cristandade euro-ocidental sob Roma. Sua unidade básica era o mosteiro, com uma área de influencia, sob a autoridade de um  Abade. Alguns abades eram bispos, mas a maioria dos bispos eram missionários. Com essas regiões abaciais, eles não conheceram a figura da Diocese, no modelo romano.

A Igreja Celta funcionou até o século VII, como um ramo autônomo do Cristianismo, se comportando como parte da Igreja Caólica(universal), mas sem vínculos formais ou subordinação a Igreja de Roma.

A partir do século V as regiões sul e centro da Inglaterra foram invadida por anglos e saxões e jutos, que a descristianizaram ou re-paganizaram. Foi por isso que o Papa Gregório Magno, decidiu enviar uma força missionária para a aquelas regiões, formada por 40 monges beneditinos, sob a liderança de Agostinho, que se estabeleceram na cidade de Cantuária (Canterbury perto do litoral, além do objetivo de re-cristanizar a Ingleterra, aqueles monges deveriam tentar levar a Igreja Celta e se vincular a Roma, respeitando, tanto quanto o possível, os seus costumes.

Agostinho foi feito Bispo, bem como o seu companheiro Paulinus, responsável pelo batismo do rei Dewim, da Nortúmbia, e pela “conversão” da nação. Nessa época é estabelecido um importante centro monástico  na ilha de iona, sob a  liderança de Santo Aidan.

O período da Igreja Celta autônoma chegou ao fim com a convocação pelo rei Oswy, da Nortúmbia, de delegados celtas e romanos, para um Concilio na cidade de Whitby, em 664, quando os celtas aceitaram a data da Páscoa romana e se submeteram á autoridade papal, apesar  de resistências de vários lideres, como São Cutberto, Bispo de Lindisfarne (uma hisória Sé celta). O Papa cria o Arcebispado de York, segundo em honra  ao Arcebispadp de Cantuária, e simbolo da herança celta. Não houve uma continuidade de sucessão apostólica dos bispo celtas. O Episcopado Histórico Anglicano tem inicio com Agostinho.       
Obs Trecho extraído do Livro Anglicanismo. Identidade, Relevância, Desafios. (Dom Robinson Cavalcanti)
A Historia continua.

    



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