domingo, 14 de maio de 2017

HOMENAGEM AS MÃES


Parabéns as mães, que Deus abençoe a cada uma com as ricas benção celestiais

sábado, 15 de abril de 2017

ANGLICANISMO: UM BREVE EXPLICAÇÃO SOBRE A IGREJA ANGLICANA ORTODOXA NO BRASIL.

Nossa santa igreja é de confissão Anglicana, isto quer dizer que ela é uma Igreja litúrgica, apesar de ser uma igreja tradicional é aberta aos carismas que o Espirito Santo distribui a igreja, para melhor aparelhamento desta, pois cremos na contemporaneidade dos dons do Espirito. Nossa igreja é de raiz e essência evangélica pois acetamos plenamente a reforma protestante, com toda a sua Teologia. 
Somos Católicos no sentido pleno da palavra pois fazemos parte da igreja invisível e universal de Cristo, neste sentido todos os protestantes são católicos. Tentamos de todas as formas que nos for possíveis conviver bem com toda a cristandade, tanto com os irmãos católicos romanos, ortodoxos e nacionais, como com os irmãos protestantes, evangélicos, neoprotestantes, pentecostais e neopentecostais. Pois achamos que temos a mesma fé essencial que é comum a todos os cristãos, como descrito no credo apostólico. Não usamos imagens de escultura, nem nos dirigimos ou nos devotamos a elas em oração. Respeitamos quem o faça, contudo somos bem evangélicais neste ponto. Guardamos o episcopado histórico com sucessão apostólica. 
Temos e cremos em três ordens biblicamente instituídas o Diaconato, Presbiterado e Episcopado historico. Podemos com segurança dizer que nossa Igreja Anglicana Ortodoxa no Brasil é uma igreja de via media. Assim sendo consideramos todos aqueles que confessam Jesus Cristo como único e suficiente Salvador, como nossos irmãos! É bem verdade que usamos a Cruz como símbolo religioso cristão, más em nosso caso, a usamos vazia pois nosso salvador já ressuscitou e não está mais nela pregado. 
Procuramos viver o cristianismo sem assumir a posição de juízes do povo de Deus, baseados em Mateus capitulo 7, não julgamos ninguém pois quem julga é somente Deus!

Deus abençoe a todos em Cristo!

Dom Adolfo Teodoro – Bispo da Igreja do Senhor o menor dos servos de Cristo.

quarta-feira, 12 de abril de 2017

O verdadeiro sentido da Páscoa



Em todo o mundo pessoas de todas as crenças, celebra do seu jeito esse tempo de renovo, que simboliza a passagem da morte para a vida. Mas, como você disse: "Será que realmente sabemos o verdadeiro sentido da Páscoa?" A Páscoa não é e nem deve ser considerada só um momento de celebração, com bacalhau no prato e troca de ovos de chocolate. Eu não sou contra essas tradições! O que estou dizendo é que devemos lembrar as pessoas sobre o verdadeiro sentido da páscoa, falando da morte e ressurreição de Jesus e do que Ele fez por nós.

COMO SURGIU A PÁSCOA? A primeira páscoa aconteceu há milhares de anos, quando o povo de Deus estava cativo, escravizado no Egito. Deus em sua infinita misericórdia resolveu libertá-los da escravidão, por meio de um homem chamado Moisés. Mas Faraó não queria deixá-los ir embora, por isso Deus enviou algumas pragas para tentá-lo mudar de idéia. E como Faraó endurecia cada vez mais o seu coração, Deus decidiu ferir todos os primogênitos do Egito como forma de castigo.

O POVO DE DEUS. Mas, o Seu povo (os israelitas), Deus deu uma ordem: Eles deveriam sacrificar um cordeiro para cada família e com isso receberia a proteção divina. Eles tinham que passar o sangue deste cordeiro na porta de cada casa, para quando o destruidor (o anjo da morte) passasse por ali, e não entrasse na casa que tinha sido marcada pelo sangue do cordeiro na porta (Leia Êxodo 12:1-14). Daí vem o termo Páscoa (no hebraico: pesah), que tem vários significa com o mesmo sentido, como: “Passagem” "pular além da marca", "passar por cima", ou "poupar". E assim sendo, o povo de Deus foram protegidos da condenação e da morte através do sangue do cordeiro.

O PLANO LIBERTADOR DE DEUS. Deus continua com seu plano libertador, muitos anos depois, Deus enviou o seu Filho Jesus, o Cordeiro Santo e Imaculado, sem falha para morrer numa cruz, e o seu sangue aspergido sobre os nossos pecados nos traz salvação, proteção, livramento e vida. A Bíblia diz que Deus sempre amou a humanidade, porém, todos nós O desobedecemos e pecamos, com isso fomos condenados à morte eterna. E como não podemos apagar essa dívida, precisamos de um cordeiro puro, sem pecados, para nos livrar da condenação do inferno.

O CORDEIRO DE DEUS. Quando João Batista viu Jesus se aproximando dele, ele disse: "Vejam! É o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!" (João 1:29). Jesus se fez homem, morreu para nos salvar e ressuscitou para nos garantir a vitória. E todo aquele que crê no seu sacrifício e se arrepende, terá livre acesso a Deus Pai. Disse Jesus: “Eu sou o caminho a verdade e a vida.” (João 14:6) Não precisamos mais fazer sacrifícios com cordeiro. Pois tudo já foi consumado - O preço já foi pago por nós na cruz. Jesus. Ele é a nossa Páscoa.

A PÁSCOA. Neste mês no dia 16 de abril de 2017, comemoramos a páscoa nossa libertação do pecado, que veio por meio do um sacrifício feito na cruz pelo Senhor Jesus Cristo. Portanto essa é a verdadeira Páscoa. A Ressurreição de JESUS CRISTO.
Enfim, desejo que nesta data tão especial você seja restaurado, buscando Jesus todos os dias, e desfrute da maravilhosa Graça de Deus.

Feliz Páscoa para todos e todas.

Rev. Daniel Barbosa. – IAOB (Igreja Anglicana Ortodoxa no Brasil) Comunidade da Paz Alameda Paulista.





terça-feira, 4 de abril de 2017

DOMINGO DE RAMOS


Dia 09/04/2017 domingo de Ramos

O Domingo de Ramos acontece no domingo antecede à Páscoa. Com essa data é inicio das celebrações da Semana Santa.

Domingo de Ramos, é uma data móvel, na qual nós cristãos somos chamados e chamadas a reproduzir a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém montado em um jumentinho.  Após um período em Jesus passou no deserto.

Nesse retorno Jesus Cristo foi recebido com festa, mantos a palmas foram espalhados no caminho e todos acenavam com ramos de oliveiras e de palmeiras.

O Domingo de Ramos comemorado em todo país, onde algumas Igrejas realizam procissões com seus fiéis com seus ramos pelas ruas, lembrando que esta não é exclusiva da Igreja Romana, mas de todas Igrejas Históricas, conhecida como Igrejas de primeira Reforma.


Rev. Daniel Barbosa

terça-feira, 7 de março de 2017

Vozes femininas na Reforma

Por Rute Salviano Almeida

Tiveram as mulheres alguma participação na Reforma Protestante?

A história positivista, escrita por mãos masculinas e enfocando grandes acontecimentos e personagens, esqueceu ou não se importou de mencionar a participação das mulheres na reforma religiosa do século XVI. Foram poucas e pequenas as menções sobre elas. Portanto, para uma escrita mais verdadeira da História é necessário resgatar essa valiosa contribuição feminina, porque quando a história é contada pela metade não está completa.

Na época da Reforma, bastava que as mulheres soubessem fiar, cuidar dos trabalhos da casa e de maneira alguma se intrometer em assuntos da fé. Porém, o sentimento religioso estava presente em muitas delas e, ao tomarem conhecimento das novas da Reforma, as aceitaram e batalharam por divulgar sua mensagem.

Contudo, embora relevante, a participação feminina no movimento foi diferente, pois não produziu grandes tratados teológicos e nem atuou em sérios debates. As mulheres preferiram uma abordagem mais branda, através de uma literatura mais íntima. 
Nesse artigo serão apresentadas algumas mulheres que realmente contribuíram para a divulgação do movimento por seu envolvimento no meio eclesiástico ou político. Suas vozes serão ouvidas através de suas frases.

Marie Dentière (1495-1562), teve seu nome inscrito no muro dos reformadores em Genebra, em 2002. Ex-prioresa das agostinianas, após ficar viúva, casou-se com o companheiro de Farel, o reformador Froment, com quem foi para Genebra defender a causa reformista. A carta que escreveu para rainha Margarida de Navarra foi considerada um tratado teológico. Nela discorreu sobre a importância de mulheres não enterrarem seus talentos: "Se Deus tem dado graça a algumas boas mulheres, revelando-lhes algo santo e bom através de suas Escrituras Sagradas, podem elas, por causa dos difamadores da fé, absterem-se de pôr no papel, falar ou declarar isto umas às outras? Ah! Pode ser muito imprudente esconder o talento que Deus nos tem dado, nós que deveríamos ter a graça de perseverar até o fim”.

Catherine Zell (1497-1562), esposa do pastor luterano Matheus Zell, escreveu panfletos para propaganda da Reforma. Com inteligência e sabedoria, ela confrontava perspicazmente com a Bíblia a doutrina do sacerdócio de todos os crentes. Ao ser considerada uma perturbadora da paz, declarou: "Eu sou uma perturbadora da paz? Sim, de fato, da minha própria paz. Vocês chamam isso de paz? A perturbadora que ao invés de gastar seu tempo em divertimentos frívolos, visitou os infestados pela praga e realizou enterros? Tenho visitado os presos sob sentença de morte. Passo, muitas vezes, três dias e três noites sem comer e dormir. Eu nunca usurparia o púlpito, mas eu tenho feito mais do que qualquer ministro ao visitar os miseráveis. É isto que perturba a paz da igreja? Como fez o apóstolo Paulo em 2 Coríntios, as falsas acusações forçam a ‘loucura da auto-defesa’, mas sempre com o propósito de defender um direito da mulher ao ministério bíblico”. 

Árgula von Grumbach (1492-1554), bávara erudita, escritora de panfletos, que defendeu veementemente a Reforma e os reformadores. Em sua apologia argumentou à Universidade de Ingolstadt: “Vocês desejam destruir toda a obra de Lutero. Nesse caso destruiriam o Novo Testamento que ele traduziu. Nos escritos de Lutero e Melanchton, não existe nenhuma heresia (...). Estou disposta a ir à Alemanha discutir com vocês e não precisam usar a tradução da Bíblia de Lutero. Podem usar a católica que foi escrita há 31 anos”.


Margarida de Navarra (1492-1549), irmã do rei Francisco I da França e esposa do rei Henrique II de Navarra. Ela acolheu em seu reino reformadores e eruditos perseguidos, entre eles o próprio Calvino. Entre suas obras, encontram-se um poema espiritual: O Espelho das almas pecadoras e um livro de contos O Heptameron, no qual denunciou a imoralidade de clérigos que, indignados, tentaram matá-la. Fez mudanças eclesiásticas em seu reino: celebração da ceia em duas espécies, cultos na língua do povo, abolição do celibato e das roupas litúrgicas dos ministros. Seu maior destaque, contudo, foi sua grande humanidade, a ponto de preferir ser chamada a primeira-ministra dos pobres. Sobre ela foi escrito: “Lembremo-nos sempre dessa graciosa Rainha de Navarra em cujos braços nosso povo, ao fugir da prisão ou da fogueira, encontrou segurança, honra e amizade. Nossa gratidão a vós, querida Mãe de nossa Renascença!. Vossa casa foi a casa de nossos santos e vosso coração o ninho de nossa liberdade”. 

Joana d’Albret (1528-1572), filha de Margarida de Navarra e mãe do rei Henrique IV, que concedeu a liberdade religiosa na França. Foi a reformadora do seu reino e líder dos huguenotes. Ela confiscou os bens da igreja e distribuiu aos pobres, aboliu as procissões públicas, retirou imagens e suprimiu missas. Fundou a Faculdade em La Rochelle, um centro de piedade evangélica. Foram suas palavras: “A Reforma parece tão verdadeira e necessária que considero deslealdade e covardia para com Deus, com minha consciência e com meu povo permanecer mais tempo indecisa”. 

As mulheres na Reforma propagaram uma religião de amor: sem debates ostensivos, sem rituais e sem violências. Elas contribuíram com amparo aos perseguidos, visitas aos presos, cuidados dos doentes e necessitados. Intelectualmente também cooperaram com seus panfletos, poesias, cartas, contos e pregações sobre a salvação pela fé.

Essas mulheres do passado nos inspiram sobremodo por sua criatividade, discernimento, conhecimento bíblico e teológico e, principalmente, por seu grande amor ao Reino de Deus.

• Rute Salviano é licenciada em Estudos Sociais, bacharel em Teologia (especialização em Educação Cristã), mestre em Teologia (concentração em História Eclesiástica), pós-graduada em História do Cristianismo pela UNIMEP e autora de Uma Voz Feminina na Reforma, Uma Voz Feminina Calada Pela Inquisição e Vozes Femininas no Início do Protestantismo Brasileiro, publicados pela Editora Hagnos.

Fonte: http://www.ultimato.com.br/