sábado, 30 de setembro de 2017
terça-feira, 1 de agosto de 2017
IAOB - Igreja Angicana Ortodoxa no Brasil, na Remanascente de Cristo. Sediada em Olinda.
Nesse Domingo, dia 30 de julho, o Reverendo Wellington Nascimento, atendeu ao convite do líder Pastor Paulo da Igreja Remanascente de Cristo. Sediada em Olinda. Levando a santa mensagem do evangelho libertador em mais uma parcela do corpo de Cristo. Reafirmando nosso Ethos Anglicano de unidade na diversidade, rompendo as barreiras denominacional enfatizando a verdadeira fraternidade, comunhão e armonia que nos une como corpo bem ajustado.
sábado, 24 de junho de 2017
A IGREJA ANGLICANA E A REFORMA INGLESA
Robinson Cavalcanti ([i])
O Sacro-Império Germânico
Romano, como unidade política sob a hegemonia papal, estava se desintegrando
sob a força do emergente nacionalismo. O feudalismo também iniciava o seu
declínio. Dentre as forças políticas medievais, declinavam o Papa, o Imperador e
os Barões, e se fortaleciam os Reis e a nobreza. O próximo passo seria a
independência dos países, mas romper com o Sacro-Império era, também, romper
com o papado. A situação da Inglaterra não era diferente, com a diferença que
sua Igreja fora independente no passado, que sempre tinha mantido uma relativa
autonomia, e que recebera a influência da Pré-Reforma de John Wycliffe.
Ao contrário de Wycliffe,
Lutero e os reformadores tiveram a seu favor a descoberta da imprensa e a
conversão do seu inventor, Gutemberg, o que possibilitaria uma rápida
disseminação de suas ideias. As 95 Teses foram afixadas por Lutero, em
Wittemberg, em 31 de outubro de 1517. Já em 1520 as ideias protestantes eram
estudadas pelo clero inglês e por professores e alunos das Universidades de
Oxford e Cambridge. Cambridge se tornou, desde cedo, o epicentro da Reforma
Inglesa, com as reuniões de debate se dando todas as tardes na Taverna do
Cavalo Branco.
Por um lado, temos que
desmitificar a versão de que “a Igreja Anglicana foi fundada pelo rei Henrique
VIII”, pois, como já se disse: “A Reforma Inglesa viria com Henrique VIII, sem
ele ou contra ele”.
Henrique VIII, a partir de
1509, teve uma gestão positiva como rei, fundando a primeira escola secundária
pública do reino, em um anexo à Catedral de Cantuária (o “King’s School”), que
funciona até hoje. A questão da sucessão dinástica não era, então, um assunto
privado, mas uma questão de segurança nacional. Anulações de casamentos, por
interesse político, já conheciam precedentes por parte do papado. O que não
acontece em seu caso, em razão da sua primeira esposa ser sobrinha do
Imperador. O rei era, originalmente, um devoto católico romano, chegando a
escrever um texto para refutar as posições de Lutero sobre os Sacramentos,
recebendo do papa o título de Defensor da Fé (Defensor Fidei), usado pelos reis
ingleses ainda hoje.
O cenário começa a mudar
com a posse de Thomas Cranmer como Arcebispo de Cantuária, em 1533. Cranmer,
professor em Cambridge, já tinha aderido ao Protestantismo, e era um dos
componentes do grupo da Taverna do Cavalo Branco. Ele anula o primeiro
casamento do rei, e celebra o novo casamento. O Parlamento – cheio de
nacionalistas – aprova essas medidas. O Parlamento agora tratando o papa de “o
Bispo de Roma, também chamado de Papa”, foi aprovando uma sucessão de leis de
afirmação da autonomia da Igreja Inglesa. Os mosteiros foram dissolvidos. As
terras da Igreja sofreram uma reforma agrária. Suspendeu-se o envio de impostos
para o papa e para o imperador. O rei recebeu, em 1534, o título de “Governador
e Suprema Cabeça da Igreja”. O Arcebispo de Cantuária é estabelecido como
titular da hierarquia. Surgia a Igreja da Inglaterra como Igreja Nacional.
A Reforma Inglesa se deu
por Atos do Parlamento sancionados pelo rei, com o apoio dos intelectuais e da
liderança do clero. Embora a Bíblia (secretamente) já fosse distribuída desde
Wycliffe, no século XIV, agora o povo a demandava abertamente, o que foi feito
com a nova tradução para o vernáculo, liderada por William Tyndale.
De seus casamentos, o rei
Henrique VIII, ao falecer, deixara três filhos, de três esposas diferentes, que
seguiam a religião de suas mães: Eduardo, o mais velho e Elizabeth, a mais
nova, eram protestantes; e Maria, a do meio, era católica romana.
De 1547 a 1553 reinou
Eduardo VI, que, por ser menor de idade, foi assessorado por regentes,
igualmente protestantes, que aprofundaram a Reforma, com a aprovação pelo
Parlamento, em 1549, do Livro de Oração Comum (LOC) compilado pelo Arcebispo
Cranmer. Os altares de pedra foram substituídos por mesas de madeira, o
celibato clerical foi revogado, o povo passou a receber a Ceia nas duas
espécies, foram retiradas as imagens dos altares, a Eucaristia deixou de ter um
caráter sacrificial, foi abolida as orações pelos mortos e simplificadas as
vestes clericais. São decretados os “Quarenta e Dois Artigos”, de forte
inspiração calvinista.
De 1553 a 1558 reinou
Maria, que se reconcilia com Roma, impõe de volta a religião católica romana,
recebendo o epíteto de “a sanguinária”, por ter sido responsável pela execução
de mais de 300 clérigos, dentre eles o Arcebispo de Cantuária Thomas Cranmer (o
pensador principal da Reforma Inglesa) e os Bispos Latimer e Ridley, queimados
vivos na estaca no centro de Oxford. Na execução, já queimando, o Bispo Latimer
gritou para o seu companheiro de infortúnio: “Conforte-se, mestre Ridley, e
seja homem; devemos encarar esse dia com sendo candelabros da Graça de Deus
sobre a Inglaterra, e essa chama jamais será apagada”.
Segue-se o longo reinado de
Elizabeth I, de 1558 a 1603, que rompe, outra vez, com a Igreja de Roma, edita,
em 1559, uma nova versão do Livro de Oração Comum (LOC), como única liturgia
oficial, reduzindo para 39 “Os Artigos de Religião”. Elizabeth sofre pressão;
de um lado, do remanescente dos restauracionistas pró-Roma, e, do outro, dos
“puritanos”, que voltavam do exílio sob forte influência de expressões mais
extremadas da Reforma. Ela se mantém fiel ao espírito da Primeira Reforma,
fazendo o Parlamento aprovar duas leis fundamentais: O Ato de Supremacia e o
Ato de Uniformidade, o que significaria não voltar para Roma e não ceder às
pressões de Genebra. Esse “estabelecimento elizabethano” forjou a face do
Anglicanismo, como Igreja Católica e Protestante. O principal pensador dessa época,
e defensor da “via média” Anglicana, foi Richard Hooker, autor da obra clássica
“Das Leis da Política Eclesiástica”, 1594.
Com a morte de Elizabeth,
em 1603, assume o trono o rei Jaime I, da Escócia, que autoriza a edição da
famosa “Bíblia King James”, sendo sucedido, em 1625, por seu filho Carlos I,
tentando manobrar no meio do conflito entre romanistas, elizabethanos e
puritanos, todos insatisfeitos, e com seus próprios projetos.
Uma Guerra Civil tem início
em 1642, vencida pelo exército de hegemonia puritana, que prende o rei Carlos I
e o executa, em 1649. A partir de 1643, todo poder permanece com o Parlamento,
que estabelece o presbiterianismo como religião oficial, e convoca a Assembleia
dos teólogos calvinistas para, reunidos na Abadia de Westminster, redigirem um
Guia de Culto, uma Confissão de Fé e um Pequeno e um Grande Catecismo. Em 1648,
Oliver Cromwell, máximo dirigente militar, dissolve o Parlamento e dá início a
uma ditadura de puritanos, se denominando de “Protetor”. Com sua morte, em 1660,
o seu filho Richard não consegue segurar o regime. O Parlamento volta a
funcionar normalmente, chamando para o trono o filho de Carlos I, Carlos II,
restaurando o Episcopado e o Livro de Oração Comum (LOC), retomando a hegemonia
Anglicana.
Perto de sua morte, em
1685, Carlos II abraça o catolicismo, e é substituído por seu irmão Jaime II,
um católico, que pretendia nova vinculação à Igreja de Roma, o que põe a nação
inglesa em ebulição. A aristocracia, respaldada pela maioria do exército, da
burguesia e do povo, entra em contato com a princesa Maria, filha de Jaime II,
casada com o príncipe holandês, Guilherme de Orange, ambos protestantes, que
concordam em derrubar o pai/sogro. Em 18 de dezembro de 1688, o rei Jaime II
foge de Londres, e Guilherme e Maria entram, triunfalmente, no que viria a ser
denominada de “A Revolução Gloriosa”, pelo não derramamento de sangue e pelo
alto consenso.
No final do século XVII,
154 anos desde a separação de Roma com Henrique VIII, após avanços e recuos em
várias direções, surge uma nova nação inglesa com uma Monarquia Parlamentarista
e uma Igreja Nacional, que, com pequenos ajustes, restaura o estabelecimento
elizabethano. A Igreja na Inglaterra se torna a Igreja da Inglaterra. O
Anglicanismo – católico e reformado – se torna um ramo específico na Igreja de
Cristo.
segunda-feira, 19 de junho de 2017
23° GRITO DOS EXCLUÍDOS 2017
domingo, 18 de junho de 2017
Culto Eucarístico
Igreja Anglicana Ortodoxa no Brasil - Comunidade da Paz Alameda Paulista.
Hoje dia 18/06/2017, tivemos mais Culto Eucarístico para honra e glória de Deus.
Igreja Anglicana Ortodoxa no Brasil - Comunidade da Paz Alameda Paulista.
Hoje dia 18/06/2017, tivemos mais Culto Eucarístico para honra e glória de Deus.
sexta-feira, 2 de junho de 2017
ANGLICANISMO E SUA HISTÓRIA. Fase Celta (Séculos I ao VII)
Não houve nenhum esforço missionário formal, nem
das Igrejas do Oriente, nem das Igrejas do Ocidente, para evangelizar as Ilhas
Britânicas. Ela foi o resultado do esforço dos leigos. Soldados, funcionários
civis e comerciantes cristãos romanos levaram o Evangelho aqueles ilhas. Também,
no ano 70 d.C., dentre os escravos perseguidos nas Gálias(França) que fugiram
para o litoral inglês, estavam grupos de
cristãos. Uma tadição atribui a presença de José de Arimateia, no
primeiro século. Há sítios arqueológico desse período, como uma Capela em Kent,
uma Igreja em Silchester e a presença, em vários lugares de símbolos cristãos,
como o XP. Tertuliano afirma a existência da comunidade cristã Britânica no ano
200. Três bispos ingleses estiveram presentes ao Concília de Arles, no sul da
França, em 314. Não se sabe se estivera no Concílio de Niceia(325), mas
Atanásio informa que a Igreja inglesa se submeteu às sua deliberações.
A realidade é que o povo Celta se converteu ao
Cristianismo, e teve o s eu primeiro mártir na pessoa de Santo Albano,
sacerdote morto durante a perseguição do imperador Diocleciano (305). A Irlanda
foi marcada pelo ministério de Patrício e Paládio, a Escócia pelo ministério de
Ninian e Columba, e Gales pelo ministério
de Davi.
A Igreja Celta tinha um forte acento místico e
missionário, sendo influenciado pela contemplação da Igreja Oriental, inclusive
pela adoração da sua versão do Credo. Essa contemplação litúrgica, esse sentir
da fé, essa valorização da natureza, diferenciava da versão juídica, filosófica
e institucional da Cristandade euro-ocidental sob Roma. Sua unidade básica era
o mosteiro, com uma área de influencia, sob a autoridade de um Abade. Alguns abades eram bispos, mas a
maioria dos bispos eram missionários. Com essas regiões abaciais, eles não
conheceram a figura da Diocese, no modelo romano.
A Igreja Celta funcionou até o século VII, como um
ramo autônomo do Cristianismo, se comportando como parte da Igreja
Caólica(universal), mas sem vínculos formais ou subordinação a Igreja de Roma.
A partir do século V as regiões sul e centro da Inglaterra
foram invadida por anglos e saxões e jutos, que a descristianizaram ou
re-paganizaram. Foi por isso que o Papa Gregório Magno, decidiu enviar uma
força missionária para a aquelas regiões, formada por 40 monges beneditinos,
sob a liderança de Agostinho, que se estabeleceram na cidade de Cantuária (Canterbury
perto do litoral, além do objetivo de re-cristanizar a Ingleterra, aqueles
monges deveriam tentar levar a Igreja Celta e se vincular a Roma, respeitando,
tanto quanto o possível, os seus costumes.
Agostinho foi feito Bispo, bem como o seu companheiro
Paulinus, responsável pelo batismo do rei Dewim, da Nortúmbia, e pela “conversão” da nação. Nessa época é
estabelecido um importante centro monástico
na ilha de iona, sob a liderança
de Santo Aidan.
O período da Igreja Celta autônoma chegou ao fim
com a convocação pelo rei Oswy, da Nortúmbia, de delegados celtas e romanos,
para um Concilio na cidade de Whitby, em 664, quando os celtas aceitaram a data
da Páscoa romana e se submeteram á autoridade papal, apesar de resistências de vários lideres, como São
Cutberto, Bispo de Lindisfarne (uma hisória Sé celta). O Papa cria o Arcebispado
de York, segundo em honra ao Arcebispadp
de Cantuária, e simbolo da herança celta. Não houve uma continuidade de
sucessão apostólica dos bispo celtas. O Episcopado Histórico Anglicano tem
inicio com Agostinho.
Obs Trecho extraído do Livro Anglicanismo. Identidade, Relevância, Desafios. (Dom Robinson
Cavalcanti)
A Historia continua.
quinta-feira, 1 de junho de 2017
ANGLICANISMO E SUA HISTÓRIA.
Os Anglicanos,
Quem somos?
Os Anglicanos formam o ramo do Cristianismo
Histórico que têm suas raízes na Grã-Bretanha, onde se situa a Inglaterra, cuja
região central é denominada de Anglia, a terra dos anglos. A Grã-Bretanha
também inclui a Escócia, Gales, Irlanda e a Ilha de Man. A Inglaterra (terra
dos anglos) foi conquistada pelo imperador Julio César no ano 55 a.C.,mas Roma levou
um século para dominar toda a Grâ-Bretanha, com suas colônias, estabelecimentos
militares e entrepostos comerciais, em uma era de prosperidade, que durou três séculos.
A Irlanda, a Escócia, Gales, a Ilha de Man e o norte da Inglaterra passaram a
ser habitados, permanentemente, pelo povo Celta, originário da Bulgária, no
leste, e que se expandiu por toda a Europa, ficando raízes nas Gálias (França),
Península Ibérica e Ilhas Britânicas. O sul da Inglaterra conheceu sucessivas levas
de invasores.
Podemos dividir a História da Igreja na Ilhas
Britânicas em três fases:
1. A Fase
Celta;
2. A Fase
Católico-Romana;
3. A Fase
Reformada.
Trecho extraído do Livro Anglicanismo. Identidade, Relevância, Desafios. (Dom Robinson Cavalcanti)
A Historia continua...
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